Esta ideia surgiu do Paulo. Tinha este projecto em mente já vai para algum tempo e decidiu partilhar com o Hélder. Caminhar, sempre foi uma actividade de que gostamos e, este conceito de “mochila às costas”, é algo que nos agrada de sobremaneira. Mais tarde, surgiu a ideia de convidarmos mais dois amigos; o Mário e o Luís. Assim nasceu a equipa: o Paulo, o Mário, o Luís e o Hélder. Quatro jovens, com idades para já terem algum juízo, nenhum deles abaixo da casa dos 30, dispostos embarcarem de mochila às costas nesta pequena aventura.
A caminhada tinha por objectivo, percorrer o antigo troço desactivado da Linha do Tua, entre Mirandela, Carvalhais para sermos mais precisos, e Bragança. Decidimos dividir o trajecto em 3 dias, ao contrário da ideia inicial que era faze-lo em apenas 2. Assim, ficou decidido que no primeiro dia, após apanharmos o comboio numa estação do Metro de Superfície de Mirandela e sairmos em Carvalhais, começaríamos a caminhada com destino a Macedo de Cavaleiros. No segundo dia, percorreríamos o troço entre Macedo de Cavaleiros e Santa Comba de Rossas e concluiríamos o terceiro dia percorrendo o trajecto entre Santa Comba de Rossas e Bragança. Ao todo, seriam 75 Km de caminhada, em contacto com a natureza e num espírito de aventura e camaradagem.
De Oliveira de Azeméis até Carvalhais
Ficou estipulado, que a hora de partida para a equipa completa, seria às 07:00 horas. Depois de muita discussão e trocas de e-mails, conseguimos por fim encontrar uma data que a todos conviesse. Assim, cada um de nós, com maior ou menor dificuldade, reservou na sua agenda as páginas referentes aos dias 20 a 23 de Setembro de 2007. Devemos salientar o facto, de que mesmo a escolha da hora não foi de todo pacífica. O Paulo estava com algum receio (dado o passado atribulado dos agendamentos e desagendamentos do Luís), que não fosse cumprido o horário, o que nos colocava perante a possibilidade de perdermos o comboio e não podermos cumprir o planeado. Eu apressei-me a descansá-lo, uma vez que quando é necessário, eu sei que o Luís consegue. Sobretudo quando temos algum comboio para apanhar, não é caro amigo? Bom, a verdade é que eu não me enganei, nem um bocadinho. À hora marcada, todo o grupo estava reunido e preparado para zarpar, dentro dos limites de velocidade, que a polícia não perdoa.
Empreendemos a nossa jornada através do IP4, com destino a Mirandela. A ideia, que também conseguimos concretizar, era estacionarmos o carro junto à esquadra de polícia, de modo que ficasse em segurança durante a nossa caminhada.
De seguida, dirigimo-nos à padaria da Joaninha, para comprar as famosas bolas de azeite e seguimos depois para um pequeno café local, para tomarmos o café da manhã. O local era típico. Local com pouca luz, um balcão bastante antigo e um empregado com um toque de Zé Povinho, que ficou famoso pelo pingo que nos serviu. O chamado pingo do preguiçoso! Pela primeira vez na nossa vida, vimos por um pouco de leite (frio) na chávena, e tirar depois o café em cima, aquecido de seguida ao vapor! Ficou uma bela bodega. De seguida, atravessamos a rua e subimos as escadas. Estávamos numa das estações que compõe a linha do metro de superfície de Mirandela. Mais precisamente, entre a estação de Mirandela e Carvalhais, onde apanhamos o comboio às 9:05 horas, com destino a Carvalhais.
Esta viagem foi gratuita, no âmbito da semana da mobilidade. Cerca de 10 minutos mais tarde, já estávamos a apear-nos e a começar a tomar o segundo pequeno almoço da manhã, que a jornada não era para brincadeiras e iríamos necessitar de todas as reservas de energia possíveis. Foi mesmo ali na estação, enquanto se iam fazendo os primeiros telefonemas da manhã. Sim, porque isto das novas comunicações pode ter coisas muito boas, mas também as tem muito más...
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