Os Vagabundos têm andado pouco activos. Numa tentativa de rectificar esta situação, apontamos uma caminhada logo para o primeiro fim-de-semana de 2008. No entanto, as condições meteorológicas não nos facilitaram a vida. A chuva e o nevoeiro marcaram presença e aliadas à deficiente marcação do percurso, impossibilitou-nos de concluir o trajecto. O objectivo era efectuar o PR1 de Arouca, na serra de Montemuro. Desta forma, não nos restou outra alternativa, que não fosse voltar à base.
Mas, por um lado, ainda bem que o fizemos, uma vez que os joelhos do Mário se voltaram a ressentir. Por este andar, teremos menos um vagabundo durante muito tempo!
De qualquer forma, este fim-de-semana voltamos ao activo. Infelizmente, não na força toda, uma vez que o Mário, tal como referido acima, se encontra impossibilitado fisicamente e o Luís, não tinha disponibilidade pessoal. Desta forma, os restantes vagabundos contaram com a companhia de mais dois amigos, a Cláudia e o Nuno, e lá se dirigiram a Mondim de Basto.
Quando chegamos, notamos bastante animação, talvez normal aos Sábados de manhã. Senão vejamos, era dia de feira, o que por si só, já provoca uma animação e movimento extra. Para além disso, cruzamo-nos com outros amantes do ar livre, nomeadamente ciclistas e praticantes de desportos radicais. Fomos em busca de um local simpático, para o tradicional pingo. A escolha recaiu no pão quente Silva, onde questionamos sobre a localização exacta do posto de turismo. No entanto, o posto fica mesmo no centro da feira, o que tornaria difícil o acesso, pelo menos da parte da manhã.
Sabíamos à partida, qual o tipo de percurso que tínhamos pela frente. Trata-se de um trajecto circular, em que a ida é por um caminho e o regresso por outro, com uma extensão de 14,350 Km. O ponto mais alto fica situado aos 930 m. Desta forma, foi sempre a subir na primeira parte, até chegarmos à Igreja erigida em honra da Srª da Graça (local que previamente escolhemos para o repasto), sendo que o regresso, seria feito por outro caminho, e seria sempre a descer.
Olhando cá de baixo, a empreitada impunha respeito, com a torre da igreja bem visível lá no alto, servindo de referência para todo o percurso de subida. À medida que fomos avançando, constatamos que não é dos percursos mais complicados para se realizar. De qualquer das formas, foi necessário suar a camisola, à semelhança dos ciclistas.
Iniciamos o percurso junto ao parque florestal. Um habitante local, tratou logo de nos informar que íamos pelo chamado “caminho antigo”. O inicio do trajecto tem uma marcação algo deficitária. Estivemos indecisos em alguns pontos, sobre qual a direcção que deveríamos tomar. Foi necessário, aqui ou ali, avançarmos um pouco por uma das alternativas que se nos deparavam, para irmos conferir com a sinalética, se a nossa intuição estava correcta. Infelizmente estas situações são razoavelmente comuns nestes percursos. Pensamos que estas situações se devem ao facto de quem efectua a marcação conhecer demasiadamente bem os percursos. Então, ao desempenhar essa tarefa, por vezes há certos facilitismos. A não ser assim, só se for mesmo a chamada azelhice.
Num dessas hesitações, deparamo-nos com algo que é mais ou menos comum para quem está habituado a estas caminhadas, mas que é sempre agradável de ver. Talvez porque povoem as nossas imaginações desde que somos crianças, encontrar um cogumelo é sempre fonte de grande satisfação.
À medida que fomos subindo, a paisagem tornou-se muito agradável e encontramos, como quase sempre acontece, construções que sempre nos fazem imaginar como seria a vida de outros tempos, por estas paragens.
Uma das terras por onde passamos nesta caminhada, denomina-se Trigal. É aqui, que podemos ver a capela de S. Gonçalo. Quase chegados ao topo, encontramos passagens bíblicas, não escritas, mas retratadas por imagens alusivas à virgem, distribuídas por pequenas capelas. Algumas, ainda se encontram em muito bom estado, mas outras, já solicitam uma pequena recuperação.
Entre a primeira destas capelas e a chegada à igreja propriamente dita, parece que a dificuldade aumenta. Talvez porque ao chegarmos a este ponto, já nos pareça termos chegado ao fim das dificuldades, o que não é bem real. Ou porque a fome já aperta…
Mal terminamos o repasto, decidimos iniciar a descida, desta feita pela vertente norte. Tomamos esta decisão, não porque a paisagem não fosse digna de apreciar, mas o vento que nos fustigava, para além de forte, era extremamente frio.
Na descida, passamos por uma torre de vigia, cuja localidade se designa por Alto dos Palhaços.
O ponto de referência seguinte é a Pedra Alta, assim chamada devido à sua enorme dimensão. Desconhecemos a razão, mas algum iluminado teve a triste ideia de caiar esta pedra! Talvez para a verem melhor de longe…
Daqui em diante, praticamente todo o percurso é efectuado por estrada, o que nos desagradou. Deixamos aqui a sugestão de que se encontre caminho alternativo por floresta, uma vez que caminhar em asfalto não dá gozo a ninguém. Os únicos pontos de referência que importam salientar daqui em diante foi a passagem pelo clube de parapente e por um aqueduto, de enorme dimensão e razoável estado. Ainda é possível inclusive, verificar os locais por onde passavam noutros tempos as pessoas e os animais através desta construção.
O percurso termina perto do mercado e de um parque de estacionamento (local próximo do que havíamos deixado a viatura). Aproveitamos para recuperar energias, através de um pequeno lanche, antes de iniciarmos o regresso a casa (não sem antes voltarmos ao pão quente Silva, para o tradicional pingo…)
Resta-nos terminar, comunicando a data prevista para a próxima caminhada: 23 de Fevereiro. Até lá!
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