10 de Abril de 2009, um dos mais importantes feriados religiosos, a sexta-feira Santa. É também um dia tradicional de actividades de vagabundagem! Infelizmente, só o Paulo e o Hélder puderam desfrutar desta oportunidade. O dia começou farrusco, com as nuvens a marcarem presença. Inclusive, tivemos alguma chuva a acompanhar-nos em parte do percurso. No entanto, outros momentos houve, em que o sol e o calor também deram um ar da sua graça.
Este é um percurso circular, com uma extensão total de 16 Km. O início é junto à Igreja de Canelas, mas optamos por faze-lo no sentido contrário ao indicado no prospecto. Esta parte do trajecto é comum à GR28 e assim se mantém até às proximidades da localidade de Vau. Uma boa parte deste troço é feito à beira do rio Paiva, o que o torna muito aprazível. Em alguns locais, tivemos que “forçar” a passagem, pois a vegetação instalou-se por completo no trilho. Também o recente abate de árvores dificultou em muito a nossa jornada, porque estas se encontravam agora no meio do caminho.
Mantendo o rio como companhia, ora mais perto, ora mais longe, ora tendo mesmo que cruzar pequenos afluentes, ora admirando pequenas cascatas, lá fomos avançando, em direcção ao próximo ponto de interesse.
Tivemos que fazer um pequeno desvio da rota, mas valeu a pena. Viemos prevenidos de casa com uma lanterna mesmo para este fim: visitar a mina do pereiro. Não que lá dentro se consiga vislumbrar grande coisa (sobretudo com as nossas pequenas lanternas de amadores), mas é sempre uma experiencia esmagadora. Não só pelo peso da terra que sentimos por cima de nós, mas sobretudo por pensar nas almas que durante séculos, sem grandes meios tecnológicos ou de segurança, tiveram que viver enfiados nestes buracos. Estar 15 minutos lá dentro, é uma experiência engraçada, mas trabalhar horas a fio… deve ser torturante! A entrada é estreita e baixa e à medida que fomos avançando, foi-se tornando ainda mais baixa, obrigando-nos a caminhar completamente curvados e a dar mesmo, aqui e ali, pequenas pancadas com as mochilas ou mesmo com a cabeça, no tecto. A escuridão adensa-se rapidamente, ao ponto de ao fim de meia dúzia de paços, já não se ver um palmo adiante do nariz! Escuro como breu. Bem lá no fundo, existem umas galerias, algumas das quais vedadas para evitar acidentes. Sem sermos grandes especialistas na matéria, estivemos a lançar algumas teorias sobre como decorreriam as escavações e a vida na mina. Até que nos fartamos e voltamos para trás. Foi bom rever o nosso amigo Sol.
Regressados ao trilho, um pouco adiante estacamos com uma paisagem simplesmente soberba. O rio forma um cotovelo com a montanha a trepar por ali acima. A paisagem é fabulosa e até se sente receio de falar, não vá abafarmos o ruído que o rio faz lá bem ao fundo, esmagando-nos com tanta grandeza. Não fosse por mais nada, valia a pena fazer este trilho só para poder desfrutar deste momento.
Paramos para a merenda em Vilarinho. Como o tempo estava incerto, procuramos um abrigo. O melhor que conseguimos encontrar, foi uma paragem de autocarro, feita toda em pedra, típica desta região. E ainda bem que o fizemos, pois enquanto trincávamos uma bucha, choveu mesmo.
Com a mochila mais leve e a barriga mais pesada, lá voltamos a meter as botas ao caminho. O ponto de referência seguinte foi o Centro de Interpretação Geológica de Canelas (CIGC), que infelizmente se encontrava fechado.
Daí, seguimos até Aldeia de Cima e chegamos novamente ao ponto de partida, que assim se transformou em ponto de finalização.
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