Pedimos muitas desculpas aos nossos seguidores, mas a razão do atraso não tem a ver com cansaço, mas com indisponibilidade de internet, já que a generalidade das wi-fi zones, apenas o são nos vidros, dentro dos estabelecimentos não existe.
A net móvel que trazemos não funciona em Espanha, mas o problema está para já resolvido...
Entremos no que interessa:
Já pelas normas dos albergues espanhóis, às 22H00 da noite (hora espanhola), estávamos a entrar nos sacos cama, esperando-se uma energizante noite de sono, embora temêssemos que as festividades em honra de S. Telmo nos pudessem incomodar.
Uma vez deitados, verificamos que o ruído das festividades mal se ouvia, evidenciando-se o ressonar profundo de um dos peregrinos, por vezes interrompido por um seu parceiro que o tentava silenciar. Só resultava durante uns breves 20 segundos.
Já ambientados com a melodia, fomos surpreendidos por o remanescente da festa, ou seja, um grupo de jovens movidos certamente a álcool ou a outra substância catalítica de emoções, que se instalaram por baixo das janelas do Albergue, com conversas, gritos e cantorias, que não devem ter deixado dormir ninguém, e claro, nós não somos a excepção e não “pregamos olho”.
Quando saímos, por volta das 8H00 (outra das imposições dos Albergues espanhóis), cruzamo-nos ainda com alguns deles.
Como prometia, trata-se de uma etapa dura, registando-se o local da morte de S. Telmo, em honra do qual decorreram as festividades de ontem em Tuy, que pereceu aquando da peregrinação a Santiago.
Depois de ultrapassarmos um grupo de portugueses oriundos de Peniche, mas que haviam iniciado a peregrinação em Tuy, percorremos uma mancha verde, atravessada pelo Rio Louro, isto até entrarmos no polígono industrial do Porriño, que quase nos fez voar a cerca de 6 kms/hora, e isto por ser domingo e não haver movimento na zona, noutro dia seria terrivelmente pior.
Finalmente chegados a Porriño, fomos presenteados com a volta à Galiza em bicicleta, sendo grande o número de policias na zona.
Aqui existem vários edifícios dignos de destaque, mas claro, optamos por fotografar alguns deles.
Face à hora (11H30), aproveitamos para almoçar uns belos “bocadillos” regados por cerveja.
Rumamos a Mós e aproveitamos para carimbar a credencial junto ao albergue, que estava encerrado. Trata-se de um lugarejo repleto de história, que se encontrava a celebrar o aniversário da derrota dos invasores franceses.
Seguiu-se Cabaleiros, onde, como o nome indica, cruzamos por várias pessoas montadas a cavalo.
A partir desse ponto encontramos uma subida mediana, que nos encaminha por zona florestal ao topo do Monte Cornedo, onde encontramos estes interessantes monumentos e um verdadeiro marco miliário.
Um pouco adiante, já na área de descanso, temos uma vista sobre o nosso destino, que segundo o guia dista cerca de 3 kms, o que não corresponde à realidade, tal como o perfil. Uma descida muito íngreme e prolongada veio-nos relembrar os problemas do nosso amigo Manel Celestino com as descidas…
Chegamos por fim a Redondela, onde voltamos a encontrar os nossos companheiros italianos, com os quais entramos no mais bonito e arranjado Albergue do Caminho, de acordo com os guias e que para já, corresponde à realidade.
Ultreya!
Nota: Significado de Ultreya - É uma palavra de origem latina que aparece pela primeira vez no "Códice Calixtino"(1º guia do Caminho de Santiago). Aimerico Picaud sacerdote que o escreveu, refere que a palavra "Ultreya" era pronunciada pelos peregrinos que chegavam a Catedral de Santiago como a mostrar o seu jubilo de ter chegado ao fim de sua peregrinação. Etnologicamente a palavra Ultreia (ou também eultreja), vem de Ultra-joia, que significa: "mas alla del jubilo" e não significa somente uma forma de verbalizar a alegria de ter chegado a Catedral de Santiago, mas algo como: "para frente" em busca da realização de um objectivo, de uma meta a qual tendo fé iremos alcançar, mesmo diante das dificuldades não deveremos desistir.
Resumimos abaixo aquilo que nos propomos fazer durante a nossa “viagem” a Caminho de Santiago de Compostela.
Os perfis foram obtidos no sitio do Albergue de S. Pedro de Rates
Início – Sé do Porto
Final – S. Pedro de Rates (Póvoa do Varzim)
Distância: 37,5 km
Albergue: S. Pedro de Rates
Nota: Dado que esta etapa é bastante extensa, caso não encontremos forças suficientes, podemos recorrer ao Plano B – terminar a etapa em Vilarinho (Vila do Conde), pernoitando no Albergue aí existente (total de 25 km).
Início – S. Pedro de Rates (Albergue)
Final – Barcelos
Distância: 16,4 km
Albergue: Casa de Saúde de S. João de Deus (Barcelos)
Início – Casa de Saúde de S. João de Deus (Barcelos)
Final – Ponte de Lima
Distância: 33,6 km
Albergue: Pousada da Juventude (Ponte de Lima)
Início – Pousada da Juventude (Ponte de Lima)
Final – Rubiães (Paredes de Coura)
Distância: 19 km
Albergue: Antiga Escola Primária
Início – Rubiães (Paredes de Coura)
Final – Valença
Distância: 18 km
Albergue: S. Teotónio (Valença)
Início – Valença
Final – Praza da Torre (Redondela)
Distância: 34,4 km
Albergue: Albergue Xacobeo (Redondela)
Início – Casa da Torre (Redondela)
Final – Pontevedra
Distância: 18,2 km
Albergue: Albergue Xacobeo (Pontevedra)
Início – Albergue Xacobeo (Pontevedra)
Final – Briallos
Distância: 18,6 km
Albergue: Albergue Xacobeo (Briallos)
Início – Albergue Xacobeo (Briallos)
Final – Padrón
Distância: 25 km
Albergue: Albergue Xacobeo (Padrón)
Início – Albergue Xacobeo (Padrón)
Final – Santiago de Compostela
Distância: 24 km
Albergue: a definir. Dado o cansaço previsto deveremos querer mais comodidade neste dia, com direito a banhinho de banheira...
Ultreya!
10ª ETAPA – Padrón a Santiago de Compostela
9ª ETAPA – Briallos a Padrón
8ª ETAPA – Pontevedra a Briallos
7ª ETAPA – Redondela a Pontevedra
6ª ETAPA – Valença a Redondela (Espanha)
5ª ETAPA – Rubiães a Valença
4ª ETAPA – Ponte de Lima a Rubiães
3ª ETAPA – Barcelos a Ponte de Lima
2ª ETAPA – S. Pedro de Rates a Barcelos
1ª ETAPA – Sé do Porto a S. Pedro de Rates
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