Sexta-feira, 28 de Março de 2008

ouro negro

20 de Março de 2008. Quase um mês após a última aventura, os vagabundos voltaram ao activo. Mais uma vez, não foi possível unir todos os elementos. No entanto, na companhia dos amigos Pedro e Teresa (apenas parte do trajecto) e Nuno e Cláudia, o Paulo e o Hélder lá colocaram botas ao caminho, com o objectivo de palmilhar mais alguns quilómetros da bem conhecida Serra de Arouca.

A escolha principal, recaiu num percurso novo para todos, o PR 8. Trata-se da Rota do Ouro Negro, assim designada em honra às antigas minas de volfrâmio, exploradas nas encostas desta serra por alturas da segunda grande guerra. Portugal, é o país da Europa com maior quantidade deste minério, outrora muito utilizado (na sua vertente Tungsténio) na fabricação de armas. Em tempos que já lá vão, existiu a chamada “febre do volfrâmio”, também denominada por corrida ao ouro negro. Os exploradores deste minério eram chamados de “pilhas”.

Nas indicações do panfleto deste percurso, avaliam-no como um trajecto de dificuldade média/baixa. Assim, crentes que enfrentaríamos um “trajecto para principiantes”, decidimos elevar um pouco o nível de exigência. Assim, dada a confluência de dois percursos na localidade de Fuste, optamos por fazer uma ligação entre ambos.

O ponto de encontro para a totalidade do grupo, foi em Lourosa. Daí, partimos de carro, rumo a Arouca, onde paramos para o tradicional pingo directo. Infelizmente, não pudemos seguir todos juntos até ao final, porque a Teresa e o Pedro tinham que voltar mais cedo. Assim, decidimos que partiríamos todos juntos da Igreja de Moldes e percorreríamos parte do PR3 – Caminhos do Sol Nascente - juntos, até chegarmos a Fuste. Aí, O Pedro e a Teresa continuariam esse trajecto circular, enquanto nós iniciaríamos o PR8 – denominado percurso em travessia.

Após uma hora de caminho e a tradicional foto de grupo, separamo-nos por volta das 11 horas, na capela de Sta. Catarina. Percorremos então, uma zona “habitacional”, antes de entrarmos na zona das minas da Pena Amarela. Ao percorremos os trilhos, passamos em frente a diversas bocas de minas. Ao fundo, bem lá em baixo, íamos vendo o ribeiro, que em alguns pontos desce em cascatas.

Por estas alturas, já nos tínhamos apercebido que a indicação do folheto, que avalia o percurso como sendo de dificuldade média/baixa, estava incorrecta. É que para além de não vermos fim à vista, já íamos sentindo as pernitas doer, porque as subidas e descidas constantes, de forte declive, iam tendo os seus efeitos. No final da descida daquela que será por certo o troço de maior dificuldade deste percurso, tanto a descer como mais tarde a subir, encontramos um viveiro de trutas. Foi uma variante agradável.

Em boa verdade, não era só o cansaço que nos ia tirando o fôlego. Também as belíssimas paisagens iam tendo os seus efeitos. Sim, porque em boa verdade, este percurso tem tanto de puxado, como de bonito. Para quem tiver um pouco de experiência e resistência, aconselhamos vivamente a que o façam, porque de facto é lindíssimo. Mas, não cometam o mesmo erro que nós, ou seja, acreditarem-se nas indicações do prospecto, colocando ainda umas dificuldades acrescidas J. O percurso já dá que fazer por si só!

Por volta das 13 horas, ainda não havíamos chegado a meio e já havíamos percorrido declives bastante acentuados, tanto a subir, como a descer. O estômago, já começava a dar horas, mas nós, na expectativa de só pararmos a meio, lá fomos fazendo contas às horas, para ver se aguentávamos. Por esta altura, atravessávamos a ponte de madeira que cruza o ribeiro da Pena Amarela, que é um sítio muito agradável. Ainda consideramos a possibilidade de permanecermos aqui a almoçar, mas o nosso objectivo era faze-lo apenas quando chegássemos a Rio de Frades. Assim, lá continuamos, monte acima e monte abaixo. Sim, porque este percurso tem esta característica, é constantemente a subir e a descer. 

Quando já equacionávamos a possibilidade de voltar para trás e almoçar na referida ponte de madeira, eis que finalmente avistamos a localidade de Rio de Frades. Esse é o local onde se inicia O Caminho do Carteiro, que já havíamos trilhado em Setembro de 2007.

Assim, reconhecemos ao longe o local, o que nos deu ânimo para percorremos esta parte final. Aí chegados, foi tempo de merendar. No entanto, não deu para grandes descansos. Já eram 14 horas e tendo em vista o cansaço e a dificuldade do regresso (que a todos parecia superior à da vinda), não dava para estarmos com grandes floreados.

Assim, meia hora depois, já havíamos iniciado o trajecto de regresso.  Como já referimos, este é um percurso em travessia, pelo que o regresso, ao ser efectuado exactamente pelo mesmo trilho, não tem muito mais que referir. Apenas que o cansaço foi bastante, mas surpreendentemente, o tempo que gastamos para o regresso foi inferior. Ou seja, por volta das 18:00 já estávamos de volta à Igreja de Moldes. No total, percorremos cerca de 20 quilómetros, num total de 5,5 horas de caminhada. Apesar de tudo, foi uma boa experiência e serviu de preparação, para a grande rota que se avizinha. Até lá, desejamos a todos excelentes caminhadas e que vagabundeiem muito J

publicado por vagabundos às 14:13
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