Apenas os vagabundos Paulo, Luís e Hélder estavam disponíveis para alinhar na tradicional caminhada de Sexta-feira Santa. Às 7:40h, juntaram-se rumo a Arouca, onde após o tradicional pingo, se dirigiram ao Santuário da Sra. do Monte, local onde se inicia este percurso. Eram 9:15h quando começaram a caminhar.
Esta é uma rota circular, com uma extensão de 19 quilómetros. Ao fim do primeiro quilómetro há uma bifurcação, no Fojo, pelo que se pode escolher fazer a parte circular começando por Bustelo ou pelo Alto do Coto. Por esta altura, estamos a uma cota de 829 metros e pela nossa frente, encontrava-se uma subida até aos 1222 m, com um declive muito acentuado. Pena que o tempo estivesse um pouco nublado, pois a paisagem para lá da névoa parecia ser deslumbrante. Era pelo menos essa a nossa ideia quando clareava um pouco, o que acontecia cada vez menos, à medida que subíamos. Face à dureza do declive, fomos perdendo um bocado da energia inicial, mas continuamos a avançar a um ritmo impressionante. Quando chegamos ao parque das eólicas, começou uma chuva, que inicialmente pensamos ser apenas uma pequeno ameaço, mas a verdade é que ao fim de dois ou três minutos em que prometia não abrandar, optamos por vestir os impermeáveis. Mais um pouco para cima e eis que chegamos ao marco geodésico. Finalmente, o Luís ficou a saber o que isso é. Pena que o Vítor não estivesse também presente. Teria sido uma excelente lição a dois!
O plano inicial passava por almoçar neste ponto, mas a forte chuva e o vento extremamente forte que se fazia sentir impossibilitou que o fizéssemos. Olhando à volta, parecia que estávamos no meio de uma tempestade, daquelas que só se vêem na televisão. Chuva, vento, nevoeiro…
Desta forma, começamos a descer, com a esperança que a chuva abrandasse e pudéssemos então merendar em melhores condições. A descida revelou-se uma enorme e divertida aventura. Efectuada por caminho de pé-posto, em virtude da chuva e do denso nevoeiro, praticamente só nos podíamos arriscar a sair de uma marca se estivéssemos a avistar a seguinte. Caso contrário, arriscávamo-nos a sair completamente do trilho. Houve uma ou outra ocasião em que tal não foi possível e tivemos que pesquisar o terreno envolvente. Tal tarefa revelava-se no entanto difícil e até mesmo perigosa. Se qualquer tipo de exagero, podemos dizer que depois de 5 passos dados em direcções opostas, já não nos conseguíamos ver uns aos outros. Era incrível e foi uma verdadeira aventura, que na verdade não desagradou a ninguém. Foi muito divertido fazer esta descida e a adrenalina foi subindo. No entanto, à medida que fomos descendo, foi-se tornando mais fácil seguir o trilho e paralelamente as condições meteorológicas foram melhorando, baixando em muito o índice de imprevisibilidade.
Depois de termos descido “tudo”, aproveitamos que já não chovia e optamos por almoçar perto do rio. Depois, voltamos ao caminho e só voltamos a parar para tomarmos um café numa aldeia.
Fomos seguindo o nosso caminho sem que a chuva nos atormentasse muito mais, até voltarmos ao ponto de onde tínhamos saído. Foi uma aventura muito porreira.
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