Terça-feira, 23 de Setembro de 2008

rota do xisto

Os vagabundos Cláudia, Nuno, Pedro e Paulo rumaram para Arouca. Objectivo: Rota do Xisto, um percurso circular com 16 Kms.

O prospecto facultado pela entidade responsável do percurso - Câmara Municipal de Arouca possui uma descrição do trilho ao pormenor que pode ser consultada em www.cm-arouca.pt.

Este percurso para o vagabundo Paulo foi um teste de reacção da lesão que tinha contraído na Grande Rota do Alvão em finais de Abril, pelo que o ritmo imposto foi calmo, tendo proporcionado ao Pedro o tempo suficiente para tirar fotos com equipamento avançado. Posteriormente vamos ver o resultado.

No Centro de Interpretação Geológica de Canelas encontramos 4 praticantes que faziam o percurso em ritmo de turismo.

O local escolhido para o almoço não poderia ter sido melhor: num miradouro onde se avista uma curva do Rio Paiva e a Cascata das Aguieiras que se junta. Um vista soberba que foi consumida de forma agradável.

Nesse ponto encontramos um outro praticante, que realizava o trilho sozinho. Tinha vindo de Oliveira de Azeméis de bicicleta e deixado à guarda num estabelecimento comercial em Canelas.

Foi-lhe manifestado o quanto se deve evitar andar na montanha sem companhia, a não ser que no trilho exista muitos outros praticantes, pois pode acontecer algum azar e não se ter ninguém que nos possa socorrer. Nem sempre existe cobertura de rede para o telemóvel. Apuramos que o companheiro habitual não conseguiu estar presente, ou seja, por norma este praticante não está sozinho. E foi assim que esteve até ao final do percurso, pois juntou-se ao nosso grupo, onde a conversa nos levou um pouco ao conhecimento de todos os presentes.

Resta referir que o presente percurso em certos troços coincide com a Grande Rota GR 28, denominada Por Montes e Vales de Arouca, e que se encontra em fase de implantação, possuindo uma distância de 90 Kms.

    

 

publicado por vagabundos às 13:55
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Segunda-feira, 15 de Setembro de 2008

sr. do calvário? qual?

Oito horas da manhã. Os vagabundos Paulo e Hélder estão prontos para iniciar uma nova caminhada. É dia 8 de Agosto e a escolha recaiu no PR3 – Rota dos Penedos Mouros. Trata-se de mais um percurso circular, com 18 Km de extensão. Perguntamos previamente no posto de turismo, qual o local indicado como início deste trajecto. Uma vez que é circular, poderíamos iniciar onde melhor nos conviesse, mas como tínhamos que nos deslocar de carro até esse ponto de qualquer das maneiras, já agora aproveitamos para fazer segundo as recomendações. Ainda agora, nos ecoam na cabeça as palavras da simpática agente do posto de turismo: - “O percurso inicia-se no Sr. Do Calvário. Os senhores não são de Gouveia, pois não?”. Ao que se seguiu uma explicação que o Sr. do Calvário é a igreja perto do centro, onde por estes dias se desenrolam as festas locais. Assim, após o tradicional “café pingado”, eis-nos à porta da dita capela, prontos para iniciar nova caminhada. Desde logo surgiram as primeiras dificuldades, pois após encontrarmos a marca de caminho certo no inicio da escadaria da capela, quando efectuamos a descida, não vislumbramos mais nenhuma marcação. Pensamos que estariam escondidas pelos inúmeros stands, barraquinhas e relotes de apoio à festa. Assim, não nos restou alternativa senão procurar no mapa a indicação seguinte à do Sr. do Calvário e dirigir-nos para lá, na esperança de aí encontrar as marcações do percurso. Se bem o pensamos, melhor o fizemos e toca a perguntar a uma anciã, qual a direcção a seguir para encontrarmos o Monte Aljão. Após recebermos essa informação, acompanhada da sua intuição que deveriam ser uns 10 Km – na altura esta indicação pareceu-nos ridícula!!! Pfff, como se pudesse ser… - lá começamos a descer a estrada que serpenteava através da elevação em que nos encontrávamos. Após 1 hora de caminho a bom ritmo, sempre por estrada, lá encontramos as primeiras marcações. Segundo a nossa análise, tínhamos encontrado o percurso a 3/4 do final, o que nos iria impedir de ver uma dos atractivos principais, os penedos mouros.

Paciência, pensamos nós. Mais vale alguma coisa do que nada! Pernas ao caminho até Vinhó. Agora sim, por caminhos mais apropriados, no meio dos campos e do arvoredo, que é do que a malta gosta. Já havíamos passado por esta freguesia no percurso anterior. Assim, não nos chamou muito a atenção. Para nossa surpresa, este percurso não nos faz passar pelas sepulturas cravadas na rocha, que se encontram anunciadas no prospecto do trajecto.

O ponto de interesse seguinte foi avistado após cruzarmos a estrada nacional. Infelizmente tem que se fazer travessias semelhantes umas poucas de vezes ao longo do trajecto, mas tirando este facto, o restante da paisagem é bastante agradável. O ponto a que nos referimos é um dólmen, que felizmente se encontra em muito boas condições de preservação. A localidade seguinte que encontramos, foi Rio Torto, com um traçado típico desta região. Ruas estreitas, casas em pedra, algumas das quais são com certeza de proprietários abastados, e um ambiente em geral muito rural e agradável. Aproveitamos para merendar junto de uma capela local, mesmo em frente à secção de Rio Torto dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Tazem. Questionamo-nos sobre que raio de utilidade teria esta secção, porque olhando para o edifício, não dá para perceber. Assim sendo, deixamos a pergunta no ar…

À saída desta localidade pudemos observar uma ponte romana do século XII, sobre a ribeira de Gouveia. Actualmente, esta ribeira pareceu-nos (infelizmente) estar a ser utilizada para escoamento de esgoto, tal era o mau aspecto e mau cheiro que demonstrava. Por esta altura, eram umas 11:30h. Olhando para o mapa, efectuamos uns cálculos rápidos e verificamos que deveria faltar cerca de hora e meia até ao Sr. do Calvário, onde (supostamente) havíamos deixado o carro.

 

 

Deste ponto em diante, a paisagem caracterizava-se pela presença de pedras graníticas de grandes dimensões que nos “acompanharam”, a caminho do Monte Aljão. O percurso era por estas bandas muito agradável, com uma paisagem sobretudo rural, mas nos quais se podem ver muitos vestígios arqueológicos. Pudemos observar algumas culturas, como vinhas, pequenos olivais e tradicionais hortas. Em termos de florestação, predominam as azinheiras e os pinheiros mansos, bem como carvalhos e castanheiros.

Assim seguimos, com os sentidos colocados no destino seguinte, que pelo mapa deveria ser Arcozelo. No entanto, no nosso entendimento, já não chegaríamos lá, visto que o Senhor do Calvário ficava antes, sendo inclusive necessário fazer um pequeno desvio. O que é certo, é que caminhamos sem descanso durante cerca de 45 minutos até chegarmos mesmo a Arcozelo!!! Mas então, se não era suposto chegarmos lá! Bem, continuamos a seguir os sinais, até que chegamos ao monte de Nª Sra. de Fátima. Pelo nosso entendimento, nesse momento estávamos já a afastar-nos do Senhor do Calvário. Mas como é que isso poderia ser? Aqui, decidimos questionar um funcionário dos correios, que estava a almoçar perto deste santuário, numa sombrinha proporcionada por um pinheiro manso. No entanto, já não perguntamos pelo Senhor do Calvário. Perguntamos por Gouveia! Até parecia que já estávamos a adivinhar a resposta “uuuiiii, estão um bocado longe!!!”

As indicações eram de caminhar, caminhar, caminhar… tanto, que acabamos por passar pelos penedos mouros, que era suposto não termos visto, lembram-se? Ou seja, fizemos o percurso todo. Daqui em diante, olhando para o relógio constatamos que só iríamos terminar a caminhada por volta das 15:00 horas. Assim, esquecemos por completo o trajecto da rota, que ainda nos fez andar a corta-mato, sinal que ninguém o trilhou nos últimos tempos, para passarmos a ir pela estrada, em busca do caminho mais rápido.

A conclusão a que chegamos, é que graças a uma informação completamente errada da menina do posto de turismo, iniciamos o percurso num ponto que nem se encontra no mapa, tendo percorrido para além dos 18 Km indicados, mais uns 10 adicionais, acabando por caminhar quase ininterruptamente durante cerca de 6 horas. Tudo porque sendo a menina das informações de Gouveia, não sabia que existem dois Senhores do Calvário num raio de apenas 10 quilómetros!

Mas o quê que julgam, que iríamos ficar sem conhecer o Senhor do Calvário indicado no PR3? Nem pensar! Já que os de Gouveia parecem não o conhecer, nós que não somos de Gouveia fizemos questão de ir até lá. Mas de carro. Assim ao final da tarde, aproveitamos para um lanchinho, por sinal bem agradável, porque a paisagem é muito gira. E o mais engraçado, é que tratando-se de um ponto relativamente elevado, pudemos ver ao longe muitos dos caminhos que havíamos percorrido nessa manhã. Acabou por ser um empreendimento agradável… para purgar as nossas culpas. É que não fomos só ao Senhor do Calvário! Acabamos por percorrer o próprio calvário. E não foi só um…

 

publicado por vagabundos às 09:14
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